Quando investigamos as Micro, Pequenas e Médias Empresas Rurais (MPMEs) é inegável sua representatividade e importância para o desenvolvimento sustentável das nações, para a segurança alimentar e para a construção de oportunidades.
Atualmente 2,4 bilhões de pessoas vivem no campo, cerca de 32% da população mundial, onde 2 bilhões de pessoas vivem das atividades no campo.
De acordo com Sarah K. Lowder, Jakob Skoet e Terri Raney, existem mais de 570 milhões de MPMEs rurais e elas possuem mais de 87% das terras agrícolas do mundo.
Entretanto, esse setor sofre com a falta de incentivos, como políticas públicas, programas, projetos e ações privadas especializadas que contribuam para seu desenvolvimento sustentável.
A fragilidade desse setor dificulta sua competitividade, crescimento sustentável e desenvolvimento de estratégias efetivas para sua competitividade no mercado.
Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que as MPMEs rurais vivem em um ambiente macroeconômico, institucional e produtivo desfavorável que afeta seu desenvolvimento e mantém elevadas condições de heterogeneidade produtiva. Ao mesmo tempo, as piores condições de trabalho sofridas pela maioria dos trabalhadores encontrados nas MPMEs, constituem uma das principais causas da desigualdade nos países. Sua estrutura produtiva com elevada heterogeneidade estrutural resulta em desigualdade de renda.
Um estudo realizado na Colômbia demonstra que as principais debilidades das MPMEs rurais são a pouca sofisticação e baixo valor agregado nos processos produtivos; baixa produtividade e capacidade de geração de empregos nos setores formais; altos níveis de informalidade empresarial; baixos níveis de inovação e inserção de tecnologias; dificuldade de acesso a recursos financeiros e falta de acesso a educação de qualidade.
É importante ressaltar que trabalhar com esse setor não é apenas estratégico, mas também essencial para o desenvolvimento sustentável dos países, principalmente os em desenvolvimento. As MPMEs são responsáveis ??pelo conhecimento tradicional da agricultura, produção de alimentos, grande parte da segurança climática e proteção ambiental e uma grande parte do PIB e distribuição de renda.
Podemos mencionar o papel fundamental deste setor quando analisamos as projeções da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que sinalizam o crescimento de 10,5% da polução e o crescimento de 22,7 da demanda de alimentos até 2030.
Em suma, apesar de todas as dificuldades enfrentadas por este setor, vemos que ele busca corresponder da melhor maneiro possível ao seu papel fundamental para o desenvolvimento das nações e para a segurança alimentar, demonstrando ainda mais seu potencial.
Fonte: Rural Commerce